13 DE DEZEMBRO DE 2024
A desinformação digital surge num cenário de grande proliferação dos meios de comunicação digitais, numa internet com crescentes ameaças e riscos, onde o comportamento digital das pessoas é de extrema importância.
O que contribui para a desinformação
A internet e os smartphones permitiram a disseminação da desinformação digital e manipulação da informação numa escala e com uma rapidez nunca antes vistas. A desinformação é o termo usado para definir qualquer tipo de conteúdo e ou prática que contribua para o aumento de informação falsificada, não validada, pouco transparente e/ou para afastar as pessoas do conhecimento da realidade.
É cada vez mais preocupante a disseminação de conteúdos não validados, nomeadamente as tão faladas fake news. Por isso, é da responsabilidade de todos questionar a informação online.
Não há uma receita para identificar o que é desinformação, mas há determinados detalhes que podem ajudar. A regra é adotar uma postura crítica em relação aos conteúdos com que se depara online, estar atento e nunca partilhar nada sem analisar.
Riscos da desinformação
Em segundos, uma informação pode ser divulgada para milhares de utilizadores, seja ela verdadeira ou falsa.
É desta forma que a proliferação do conteúdo falso ocorre, muitas vezes, sem que o utilizador perceba, pois não questionou a veracidade, acreditou naquilo que lhe chegou e, instintivamente, partilhou.
A desinformação pode afetar qualquer pessoa ou empresa e ter consequências graves na sua reputação, causando complicações económicas, pessoais e psicológicas.
Existem algumas práticas úteis no combate à desinformação, que permitem mais facilmente perceber se a informação é verídica o não, e que reduzem o risco de disseminação de conteúdos falsos ou enganadores.
Como identificar e combater a desinformação
Leia sempre a notícia completa e não apenas o título. Confirme a fonte e autoria, verifique o url, o site, a fonte, o título e a data, pesquise na internet e compare com outras fontes. Seja uma rede social, um site de informação, uma loja online ou um anúncio que promete produtos a preços muito diferentes da realidade, devemos sempre desconfiar. Identificar erros ortográficos ou gramática incorreta, também pode indiciar não ser um conteúdo autêntico.
No caso de informação em formato de imagem, vídeo ou áudio, a verificação da veracidade pode ser mais difícil, mas a regra é a mesma: não partilhar sem pesquisar em fontes fidedignas. As imagens e vídeos podem ser manipulados ou gerados por inteligência artificial, e facilmente representam algo que não existe ou nunca aconteceu. Há, no entanto, detalhes que falham e, com um olhar mais atento, é possível identificar erros anatómicos, por exemplo. Para as imagens, aconselha-se uma pesquisa reversa num motor de busca.
Devemos questionar também as potenciais motivações para a partilha de uma informação. Por exemplo, o fenómeno clickbait, que consiste na criação de imagens, manchetes e títulos sensacionalistas e manipulados, para levar as pessoas a clicar para obter mais informação.
Muitas vezes é difícil perceber e contornar a desinformação, mas cabe a cada um e a todos nós, travá-la. Como? Verificar os factos, identificar, denunciar e não partilhar, mesmo que não nos afete diretamente.