Setembro 20, 2024

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IA: aliada ou inimiga do pensamento crítico?

A Inteligência Artificial (IA) é uma das tecnologias mais inovadoras do nosso tempo, e promete transformar a forma como vivemos, trabalhamos, aprendemos e interagimos.

Chatbots, assistentes virtuais ou sistemas mais avançados que apoiam a tomada de decisão, são apenas alguns exemplos de como a AI já entrou nas nossas vidas. Esta tecnologia está mesmo a transformar o mundo em que vivemos, com muitas vantagens e oportunidades, mas também desafios e riscos.

Será uma ameaça aos postos de trabalho?

Muito se tem falado sobre a preocupação de que as “máquinas” possam substituir postos de trabalho e criar desemprego. Mas será mesmo assim?

A AI já criou, e continuará a criar, novos postos de trabalho e profissões. É natural que elimine outros e torne algumas profissões obsoletas. Quais? As que são baseadas em processos e tarefas mecanizadas e repetitivas, que podem facilmente ser suportados pela automatização, com maior rigor e rapidez, através de tecnologias programadas, onde as soft skills não são (tão) relevantes. Quando falamos de eficiência, as máquinas são exímias.

Como influencia a capacidade de pensar

Um dos desafios crescentes, associadas à IA, está relacionado com a forma como podemos ficar dependentes dela, e de como pode prejudicar a nossa capacidade de pensar de forma crítica, criativa e avaliativa. O uso e confiança excessiva em sistemas de IA pode levar à perda de criatividade, pensamento crítico e intuição. Encontrar um equilíbrio entre a tomada de decisão assistida por IA e a humana, é essencial para preservar as capacidades cognitivas, a empatia e habilidades sociais.

Será capaz de substituir as capacidades humanas?

A IA foi criada para simplificar tarefas, eliminar erros e aumentar eficiência. Pode analisar com rapidez grandes volumes de dados, identificar padrões e até mesmo criar conteúdo, como textos e imagens. Tudo de forma muito rápida e humanamente impossível. Mas, ao deixarmos a IA realizar tarefas que antes exigiam pensamento crítico, que envolve a análise, a avaliação e a síntese de informação, corremos o risco de ir perdendo essas capacidades. E isto é também preocupante num contexto de aprendizagem, que pode promover uma dependência excessiva da tecnologia e limitar o desenvolvimento dessas habilidades. Ou seja, se nos basearmos exclusivamente em sugestões e soluções geradas pela IA, podemos ser vítimas da desinformação, acomodar-nos à informação que nos chega e deixarmos de questionar e explorar soluções através do nosso pensamento.

Num mundo corporativo cada vez mais automatizado, a IA pode ser fundamental para alcançar mais eficiência, mas são as habilidades interpessoais e as interações humanas que criam, motivam e inspiram um ambiente de trabalho com propósito.

 

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